ONDE ESTÁ O DIREITO DE TRABALHAR ?

 

Partindo do pressuposto de que  o direito ao trabalho é um direito universal de todos os homens, e protegido pela Constituição,  presume-se que exercendo a atividade sem ferir a ordem jurídica, o trabalho do Repórter deve ser executado sem restrições. A função de um repórter , notadamente, em campo de futebol, é para questionar, perguntar e opinar. Mas para tal, necessita da liberdade de trabalho e não do cumprimento de uma missão vigiada. Afinal, onde está o direito de ir e vir ? . Certa vez fui  transmitir o jogo Ituano e Gama na cidade de Itú e proibiram que fizesse o trabalho de repórter porquê estava credenciado com a  carteira de comentarista. Um dos fiscais da Federação Paulista me autorizou, mas um outro fiscal mais prepotente, impediu que realizasse o trabalho no gramado. Entrevistei os jo gadores  e o saudoso treinador Caio Junior do Gama, rente ao alambrado. Além de impedirem, me colocaram numa posição de risco, pois cada entrevista era admoestado pelos torcedores. O mesmo não aconteceu com Roberto Marcondes quando esteve em Brasilia sem credencial, mas foi autorizado a trabalhar, pois o trabalho é um direito de todos.  Ninguém sai de Brasilia para Itú e de São Paulo para Brasilia para simplesmente brincar, mas conhecendo a condições de repórter, considero a legalidade do mister.

Não sei porquê os fiscais da FPF , ou alguns deles, não são preparados para administrar a tarefa dentro dos  gramados . Será que passam por algum curso ou são contratados pela truculência de seu preparo físico? . Se for a segunda opção, o repórter entrevista e fala com a boca e não pela postura física, e o diálogo é o principal instrumento entre as partes. Concluo dizendo que a preocupação deles é com a imprensa que é ordeira e pacífica, esquecendo-se  de coibir o vandalismo, as brigas e as desordens fora e dentro do do gramado. Jogadores gostam do microfone para sua promoção pessoal e o rádio sempre foi o veículo requisitado para tal. Se um dia o Rádio deixar de falar de futebol, não são as raras chamadinhas da TV que deixarão o povo ciente dos d ias dos jogos. Os próprios fiscais deixarão de existir.

O futebol do passado exigia a presença do jogador, diretores, técnico e da imprensa. O repórter sempre entrevistou sem limitações, e sem rigidez  da fiscalização. Havia concorrência entre as emissoras pela audiência, mas tudo caminhava em paz e harmonia. Hoje é tudo diferente. Somente determinados órgãos podem entrevistar, jogadores são escolhidos para entrevistas e o repórter fica a mercê dos truculentos fiscais. Afinal, que democracia é essa?
JAERCIO BARBOSA DA ABCD DE BRASILILIA
ACEISP
ACLEA DE MANAUS