Campinas, SP, 23/07 – Assim que soube do falecimento de um grande companheiro de trabalho e amigo pessoal, o presidente da Associação dos Cronistas Esportivos do Interior de São Paulo (ACEISP), Sérgio Carvalho, escreveu algumas linhas sobre Juarez Soares, o melhor comentarista esportivo que o Brasil já teve. triste o presidente falou de seu estilo, do homem e do profissional Juarez Soares. Confira nas palavras abaixo!
A noticia surgiu como uma bomba. Em curto espaço de tempo vários textos pipocaram pela internet por volta das 15 horas desta terça-feira com a informação de que Juarez Soares, popularmente conhecido como China, havia morrido. Infarto fulminante tirou a vida de um dos ícones da reportagem esportiva de nosso País.
Ele marcou uma época. Como cronista esportivo foi narrador, comentarista e repórter. Foi nessa última função que ele mais brilhou. Tinha um estilo peculiar, que misturava a informação com algumas brincadeiras que ele fazia na hora e que davam um molho especial ao seu trabalho.
ESTILO DEBOCHADO
Antes dele, os repórteres tinham um estilo mais sério, menos descontraído. A partir de Juarez, as coisas mudaram e boa parte dos repórteres de campo do rádio esportivo paulista e brasileiro passaram também a fazer suas ironias e a brincar um pouco mais com seus entrevistados, sem perder a seriedade no seu trabalho.
Juarez trabalhou em algumas das mais qualificadas equipes esportivas do nosso rádio ao lado de figuras maravilhosas como Pedro Luiz, Mario Moraes, Loureiro Junior e outras feras. Também trabalhou na tv e cobriu Copas do Mundo pela TV Globo, TV Bandeirantes e SBT.
MUITA OBJETIVIDADE
Ainda escreveu para alguns jornais. Tinha ótimo texto e sempre abordava com objetividade os assuntos que escolhia. Por mais que o entrevistado tentasse camuflar seus segredos, Juarez achava sempre um jeito de divulgá-los.
A última vez que o vi foi numa festa de final de ano, dois anos atrás, organizada aqui na sede do FUTEBOL INTERIOR. em Campinas. Ele compareceu ao lado de Edgard Soares. seu irmão e nosso colunista, Dalmo Pessoa (jornalista e colunista esportivo de primeira linha) e outros convidados do mesmo nível. Foi uma confraternização da ACEISP – Associação dos Cronistas Esportivos do Interior – a qual presido em meu segundo mandato.
CORTESIA E SIMPATIA
Cheguei a conversar com ele e fui tratado com a mesma cortesia com que ele tratava seus amigos e conhecidos. Juarez era ético , eficiente, bom caráter, excelente profissional. Chegou a entrar na política e foi eleito vereador na capital paulista em 1988.
Depois tentou em 2003 ser vice-prefeito de São Paulo na chapa de Paulinho da Força, mas não conseguiu ser eleito. Como quase todo profissional da cronica esportiva também tinha seu clube de coração e não se incomodava de dizer que era “corintiano de coração”.
AMAVA A FIEL
Amava o clube da Fiel e sempre que podia acompanhava seus jogos. Com 78 anos, ele começou a ter problemas de saúde mais sérios de alguns anos para cá. No inicio não quis falar sobre o assunto mas depois deixou vazar que tinha câncer e que tentava debelara doença através de tratamento severo e constante.
Com isso, sua saúde ficou debilitada e sua capacidade física de reagir diminuiu sensivelmente. Até que na tarde desta terça-feira, dia 23/07), na Santa Casa de São Paulo, seu coração parou.
MARCADO NA HISTÓRIA
Foi o fim de um profissional que fez tantas coisas boas e importantes durante sua maravilhosa carreira que seu nome ficou marcado para sempre na galeria de maiores profissionais do rádio e da tv de São Paulo e do Brasil.
Aqui na redação do Futebol Interior – FI – todos sentiram imensa tristeza quando a noticia da morte do Juarez chegou. Lamentamos profundamente e nesse momento nos solidarizamos com seus familiares.
NOSSO ADEUS
Juarez casou mais de uma vez e sua esposa atual era Helena de Grammont. Deixou seis filhos (5 mulheres e 1 homem). Era natural de São José dos Campos, interior do Estado de São Paulo onde nasceu no dia 16 de junho de 1941.
Que Deus o tenha!
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